Após finalizar o secundário, ingressou no curso da Faculdade de Direito, na Universidade de Coimbra. Mais tarde viria a leccionar Economia Política e organização Judiciária nesta mesma faculdade. Foi aqui, enquanto estudava na Universidade, que Afonso Costa descobriu a política. Tornou-se membro do PRP (Partido Republicano Português) e como político foi um bom orador e dinamizador, apesar de criticado e caricaturado nos jornais.
Casou cedo, com Alzira de Barros Mendes de Abreu, e apenas um ano depois do casamento teve um filho, Sebastião, o primeiro de mais três, Maria Emília, Afonso e Fernando. Apesar de ter muito pouco tempo para a família devido à política, Afonso Costa mantinha uma estreita ligação com ela.
Afonso Costa viajou imenso. Esteve na Suíça, em França e em Espanha. Em 1905 passou um tempo na Serra da Estrela, lugar que adorava, a fim de se recuperar da tuberculose que o atacara.
Após o Cinco de Outubro de 1910, Afonso Costa torna-se ministro da Justiça e, nessa qualidade, tomou decisões que revolucionaram a sociedade da época:
- Restabeleceu a liberdade de imprensa;
- Legalizou o divórcio;
- Estabeleceu o registo civil obrigatório;
- Laicizou o Estado - lei de separação da Igreja e do Estado -, medida muito contestada pelo Clero.
Assim que Sidónio Pais chegou ao poder, Afonso Costa é afastado do governo. Esteve preso ,durante três meses, no Forte da Graça em Elvas. Pouco depois estabeleceu um consultório de advogado em Paris. Em França substituiu Egas Moniz na Conferência da Paz. Dá inúmeras entrevistas e mantêm-se em febril actividade ao serviço da república como diplomata.
Na sequência golpe militar de 28 de Maio de 1926,exilou-se em França onde estabeleceu um escritório de advocacia que funcionaria como quartel-general da resistência ao Estado Novo.
Afonso Costa morreu no dia 11 de Maio de 1937, em Paris, vítima de uma doença súbita.
Bibliografia:
Vieira, Joaquim - Fotobiografias do século XX : Afonso Costa; Lisboa; Círculo de Leitores, (s.d.)